25/06/2025 - Mercado imobiliário
Em maio, os preços de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados subiram 0,18%, enquanto os valores de locação avançaram 0,62%, segundo levantamento do indice FipeZap
Mesmo positivas, as variações ficaram abaixo das observadas em abril, quando os aumentos haviam sido de 0,23% e 1,08%, respectivamente.
A economista do DataZAP, Paula Reis, explica que diferentemente do mercado de imóveis residenciais, o mercado de salas comerciais de até 200 metros quadrados ainda não mostrou sinais claros de que o aperto monetário iniciado em setembro de 2024 está surtindo efeitos. “Isso porque o Índice FipeZAP que desacelerou pela segunda vez foi o de locação, ao passo que o índice de venda apresentou um aumento discreto”, disse. Segundo Paula, para se obter uma visão mais precisa do comportamento dos preços dos imóveis comerciais, livres de sazonalidades, é preciso olhar para as variações acumuladas em 12 meses. “Entre abril e maio de um ano para outro, a variação do preço de locação recuou de 7,83% para 7,30% e a variação do preço de venda passou de 1,34% para 1,42%.
O efeito esperado da política monetária contracionista seria o oposto, de desaceleração no mercado de vendas e aquecimento no mercado de locação”, afirmou.
Para a economista, outros indicadores de mercado também são fatores importantes, como a melhora dos índices de trabalho e de comércio, que estão relacionados ao desempenho do mercado imobiliário comercial. “E eles continuam melhorando.”
Comparativamente, o desempenho do aluguel de imóveis comerciais segue robusto e a alta acumulada de 7,30% em 12 meses fica acima da inflação oficial medida pelo IPCA, com alta de 5,32% no período, e do IGP-M, a chamada inflação dos alugueis, que subiu 7,02%.
Rentabilidade
Para os investidores, imóveis comerciais ainda são atraentes. O retorno médio do aluguel comercial foi de 6,87% ao ano, superior à média da locação residencial, de 5,93% ao ano.
Fonte: Anna França Jornalista especializada em economia e finanças. Foi editora de Negócios e Legislação no DCI, subeditora de indústria na Gazeta Mercantil e repórter de finanças e agronegócios na revista Dinheiro (INFOMONEY)
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